Esteve em Itapiranga nesta segunda e terça-feira, para a alegria da garotada da base do Cometa, o observador técnico das categorias de base do Esporte Clube Internacional de Porto Alegre, Paulo Amaral, que veio fazer um trabalho de observação comportamental e de intensidade de jogo junto à garotada itapiranguense. O trabalho de observação foi feito com todos os atletas das categorias da base do Cometa. Partidas entre os garotos foram realizados no Estádio da Montanha sendo acompanhados pelo técnico Betinho e os coordenadores Valentim Lauschner e Basílio Soethe.

Paulo explica que caso um atleta seja identificado ele é encaminhado até Porto Alegre onde recebe acompanhamento técnico.

“Caso o atleta tenha menos de 13 anos é feito um acompanhamento técnico periódico com o mesmo. A partir dos 14 anos, caso seja aprovado, ele já fica alojado nas instalações do clube e passa por treinamentos”, explica.

O observador técnico atua exclusivamente nos estados do Paraná e Santa Catarina. Ele esclarece que o trabalho de observador, ou captador, é efetuado em todas regiões do país. Além dele vários outros atuam nas demais regiões. Paulo já esteve recentemente na região oeste catarinense. “Em maio fiz um acompanhamento em São João do Oeste e, também, em Maravilha. Dentro de alguns dias voltarei à região para dar continuidade aos trabalhos”, comenta.

O trabalho social também foi valorizado na presença dos pequenos atletas. Paulo deu explicações aos garotos de como funciona o processo de seleção, da necessidade dos estudos, bom comportamento e da boa alimentação que um ingressante às categorias de base do Internacional precisa seguir.

Pais dos garotos da base também se fizeram presentes e acompanharam os trabalhos no Estádio da Montanha.

Olheiros ou observadores?

Em um futebol cada vez mais caro, observadores são cada vez mais necessários para ajudar os clubes a descobrir as novas joias do futebol. Nos últimos anos houveram mudanças na nomenclatura e na organização da profissão. De olheiros, passaram a ser observadores técnicos ou captadores. Paulo Amaral explica que esta mudança de nomenclatura se deu principalmente em virtude de falsos olheiros que passaram a atuar em várias regiões do país convencendo pais e atletas com falsas promessas.

Os profissionais também tem um perfil mais adequado e qualificado para a função. Antes se buscava atletas pelo seu talento futebolístico. Hoje olha-se o comportamento e a intensidade de jogo.